Pular para o conteúdo principal

De quem é a culpa?

Por Jeffrey Gitomer
Edição 05/2013 Revista Venda Mais

É noite de sábado. Eu e minha família temos o hábito de sair para jantar. Vamos a um restaurante italiano, Carrabba’s, aqui de Charlotte, Carolina do Norte. Somos clientes desde que ele abriu as portas. Conheci diversos gerentes e, talvez, uma centena de atendentes.
Acho que esta foi a última vez que fomos lá. Apesar da rotatividade do pessoal, sua qualidade sempre foi consistente. Mas ela foi comprometida por, pelo menos, três razões: 1) uma nova marca de pão; 2) uma nova marca de croutons; 3) uma nova marca de expresso. Todos de qualidade inferior. Parece que a empresa decidiu-se por fornecedores mais baratos.
Mesmo preço. Qualidade inferior. Maiores lucros. Bom para eles, ruim para todos os demais. Pior, nem sequer comunicaram essa política para os clientes. Penso que eles imaginaram que ninguém notaria isso. Que decepcionante! Não fiquei “p” da vida ou chateado. Tinha uma expectativa que não foi atendida, apenas isso.
Perguntei ao gerente por que a redução na qualidade dos produtos. Deu um sorriso amarelo, gaguejou e pareceu-me sem graça pelo fato de eu ter notado a diferença nos produtos oferecidos no restaurante. Claro, deu as desculpas de praxe: culpa da direção, dos “homens”, etc. Solicitei um e-mail para comunicar minha insatisfação aos “homens”. Aguardo-o até hoje.
Em novo momento, ao passar perto de nós, escuto um desabafo do gerente: “Mais um cliente chateado”. Referia-se ao número de pessoas que se acumulava, aguardando alguma mesa disponível. Nada fez a respeito, a não ser o comentário para si mesmo. Que triste!
REALIDADE – Quando um cliente está chateado, reclamando, “p” da vida, não é sem razão. Se você tem um mínimo de inteligência, empatia e boa vontade, você pode descobrir as razões, resolver os problemas do cliente (ou, pelo menos dar uma satisfação) e tratar de evitar que isso continue se repetindo.
PENSE – Eu não estou escrevendo sobre minha experiência no Carrabba’s, estou escrevendo sobre você. Você tem clientes que reclamam, não tem? Como você reage às reclamações e/ou a “puxões de orelha”? Como lida com isso? O que faz a respeito? Como transforma o desapontamento do cliente em algo positivo, um UAU?! Só tem um jeito: percebendo tudo isso como oportunidades, e não como chateação ou reclamação. Percebendo o problema como uma forma de demonstrar liderança e capacidade de resolução. Como uma chance de reverter uma situação desconfortável e transformá-la em um post na página da empresa no Facebook. Como uma oportunidade de gerar boca a boca positivo.
DURA REALIDADE – Repostas defensivas, evasivas ou fugir da responsabilidade são as reações mais comuns: “A culpa é da...”; “Choveu muito ontem...”; “Por favor, se acalme...”; etc.
O QUE FAZER – Seja receptivo, aceite os fatos, mostre-se disposto a ouvir, assuma a responsabilidade, diga algo positivo e, principalmente, resolva!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Matriz BCG, como montar?

O que é matriz BCG? A matriz BCG é um método desenvolvido por Bruce Henderson em 1970 para analisar o desempenho dos produtos e serviços ofertados por uma empresa, e avaliado como eles são aceitos pelo seu consumidor. Conceito: A Matriz BCG, que oficialmente é chamada de Matriz Crescimento-Participação, foi criada em meados dos anos 60 por Alan J. Zakon, executivo da empresa de consultoria em planejamento estratégico Boston Consulting Group (BCG), e por William W. Wommack, executivo da Mead Corporation . Porém ela ficou conhecida por meio do executivo do Boston Consulting Group, o senhor Bruce Henderson, em 1970. O objetivo principal da matriz BCG é descobrir o relacionamento quantitativo e significativo entre a empresa e os mercados envolvidos no negócio. Auxilia na decisão estratégica e na análise da carteira de produtos ou portfólio de produtos. Como funciona a matriz BCG? A matriz BCG é dividida em dois eixos, O primeiro eixo refere a taxa de crescimento do mercado . Enquanto o...

A Importância das Hashtags nas Redes Sociais

  A Importância das Hashtags nas Redes Sociais As hashtags são ferramentas poderosas nas redes sociais, permitindo que seu conteúdo alcance um público mais amplo e específico. Elas funcionam como etiquetas que agrupam postagens sobre um mesmo tema, facilitando a descoberta de conteúdo relevante por parte dos usuários.  Aqui estão alguns pontos essenciais sobre o uso de hashtags: Relevância das Hashtags Segmentação do Público:  Utilizar hashtags adequadas ajuda a direcionar seu conteúdo para pessoas com interesses específicos. Por exemplo, se você está postando sobre saúde, hashtags como  #medicina  e  #saúde  podem atrair estudantes e profissionais da área, aumentando o engajamento e a visibilidade do seu post. Por que essas hashtags?  Todas as hashtags sugeridas estão diretamente relacionadas ao seu produto e aos benefícios que ele oferece, garantindo que seu conteúdo seja relevante para o público-alvo. Proporção das Hashtags Hashtags Muito Usada...

Marketing Mix de Serviços (8Ps)

Os 8Ps de marketing de serviços As bases de marketing, quando criadas, buscavam dentro da amplitude de atuação, definir elementos que demonstrassem todo o seu vasto campo em premissas que pudessem sintetizar de forma rápida e clara todo um sistema. Para isso, surgiram os 4 famosos P’s de marketing, todos derivados de definições de palavras inglesas que foram adaptadas para as línguas dos mais diversos mercados. Assim sendo, os 4P’s são: Place, Price, Promotion and Product. Com a tradução para a língua portuguesa, obtivemos os famosos: Praça – ou localidade onde serão inseridas as ações. Esta poderá ser dividida em região satélite ou principal, e secundárias; Preço – ação realizada frente a questão da prática de agregar um valor monetário a algo, ou seja, atribuir um valor àquilo que estará sendo disponibilizado ao mercado; Promoção – ações promocionais que estarão incidindo sobre certo produto e/ou serviço, de forma a estimular a sua comercialização ou divulgação; Produto – ...