OS BENS E
SUAS RELAÇÕES COM A MERCADOLOGIA
Os bens,
produtos ou mercadorias são objeto de compra ou venda, dentro de um determinado
mercado.
Existe uma
variação bem grande de bens, que pelas suas características determinam formas
mais adequadas e eficientes de comercialização, há também uma grande variação
de definições, as econômicas, jurídicas e legais. Como os conceitos deixam
vagos os “tempos e períodos”, diversos produtos de consumo podem ser
enquadrados em outras categorias. Dividirei, para simplificação, esses bens em
grandes grupos.
- - Bens Industriais ou de Produção ou Capitais
- - Bens de Consumo.
Esta
classificação (simplificada ou sintética) leva em consideração o fim a que se
destinam os bens:
Bens e
Investimentos
Para que as empresas se tornem competitivas
e garantam seu espaço no mercado, a inovação tecnológica é imprescindível.
Deve-se constantemente investir em novas máquinas, novas peças e equipamentos
que tornem o processo de produção mais eficaz.
No entanto, é necessário se avaliar o que o
impacto de uma nova aquisição pode propiciar a essa empresa.
As empresas brasileiras vivem em um
contexto delicado – por um lado tem-se as concorrências globais, que requer
mudanças mais rápidas, melhoras contínuas, agilidade nos processos, produtos
melhores e de menor custo. Por outro lado, para atender a essas expectativas,
surge a necessidade de se efetuar novos investimentos, e a dúvida sobre “como”
fazer isso. Na ansiedade de crescer e inovar, muitas indústrias acabam investindo mais do que poderiam, ou
escolhendo uma forma inadequada de investimentos. Muitos gerentes acabam se
envolvendo sentimentalmente em seus projetos e até colocando, no papel aspectos
irreais, os gerentes de divisão muitas vezes se envolvem emocionalmente com
seus projetos prediletos ou criam complexo de construção de um império, os
quais podem levar a distorção do fluxo de caixa.
Um aspecto relevante antes de se realizar
um investimento, consiste na determinação da vida econômica dos equipamentos ou
máquinas (bens de capital), para efeito de substituição.
Bens são valores
materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito.
Enquanto o objeto do direito positivo é a conduta humana, o objeto do direito
subjetivo podem ser bens ou coisas não valoráveis pecuniariamente. Traduzindo esse conceito para a linguagem
mais popular, Tudo aquilo que tem utilidade, com ou sem valor econômico. O ar,
por exemplo, é um bem livre, mas o minério de ferro é um bem econômico, porque é
escasso e depende do trabalho humano para ser obtido.
São bens jurídicos
os de natureza patrimonial, isto é, tudo aquilo que se possa incorporar ao
nosso patrimônio é um bem: uma casa, um carro, uma roupa, um livro, ou um CD.
Além disso, há uma classe de bens jurídicos não-patrimoniais. Não são
economicamente estimáveis, como também insuscetíveis de valoração pecuniária: a
vida e a honra são exemplos fáceis de se compreender.
bens de capital ou
de produção
(máquinas e equipamentos);
bens de consumo (brinquedos, um
par de sapatos – aqueles que podem ser comprados pelas pessoas depois de um
processo de produção ou industrialização);
bens de consumo
durável
(máquina de lavar roupa, imóvel – que só são trocados após períodos longos de
uso);
bens de consumo
semi-durável
(carro, roupa – os que precisam ser trocados periodicamente);
bens de consumo
não-durável
(alimentos).
Definições por Lei:
(art. 26 do Código de Defesa do Consumidor)
Bens de Consumo Duráveis: Um bem durável
é aquele que não se extingue por seu uso e cujo desgaste demanda um certo
tempo. A utilização do produto compete ao consumidor, e mesmo se usá-lo em uma
ou 20 ocasiões, caso possua tal característica, ele será enquadrado como bem
durável. Assim, mesmo que adquirido para ser utilizado —normalmente — em apenas
uma ocasião, um vestido de noiva não deve ser tratado como se fosse um bem não
durável.
Veja que
até mesmo um sapato pode ser considerado bem durável: http://www.conjur.com.br/2007-nov-06/consumidor_usa_sapato_tres_anos_reclama_defeito
bens não duráveis: findam em um único ato de
consumo”.
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- O que são Bens de Capital:
Bens de capital ou
bens de produção são os equipamentos e instalações, são bens ou serviços
necessários para a produção de outros bens ou serviços . O bem de capital não é
diretamente incorporados no produto final, indivíduos, organizações e governos
usam bens de capital na produção de outros bens ou mercadorias.
Bens de capital
incluem fábricas, máquinas, ferramentas, equipamentos, e diversas construções
que são utilizadas para produzir outros produtos para consumo. Existe algumas
confusões, por exemplo, carros são considerados bens de consumo, pois são
geralmente adquiridos para uso pessoal, porém um caminhão pode ser considerado
um bem de capital, pois é utilizado por empresas de construção na produção de
outros produtos, como casas e edifícios.
A tecnologia
utiliza uma combinação de fatores para a produção de bens e serviços. A
agricultura e a indústria podem ser de capital intensivo e trabalho intensivo,
que utilizam mais o trabalho ou mão-de-obra. s fatores de produção são formados
pela terra ou recursos naturais, pelo trabalho, pelo capital, pela tecnologia e
pela capacidade empresarial.
São os bens que
servem para a produção do outros bens, tais como máquinas, equipamentos,
material de transporte e construção. Bens imobilizados do ativo que podem ser
utilizados como fatores de produção mais avançados. A terra e a mão-de-obra são
bens de capital, pois que existem em decorrência de fatores físicos e
biológicos, não econômicos. Também são chamados de bens de produção.
Bens complementares
Bens para os quais
o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem.
Bens Intermediários
Bens manufaturados
ou matérias-primas processadas empregadas na produção de outros bens, como o
açúcar nas balas, os componentes na televisão, etc. Os bens intermediários
também podem ser definidos como os insumos que uma empresa compra de outra para
a elaboração dos seus produtos. Um exemplo disto é a bobina de aço produzido
pelas siderúrgicas, que é considerada um bem intermediário na fabricação de um
automóvel. Tipos de bens que são absorvidos na produção de outros, tais como o
açúcar nas balas, os componentes na televisão etc.
Bens de Produção
Muitas vezes o
termo é usado como sinônimo de bens de capital, mas em alguns casos são usados para
denominar, além dos bens de capital, os bens intermediários e as matérias
primas.
Bens Substitutos
Dois bens para os
quais, tudo o mais mantido constante, um aumento no preço de um deles aumenta a
demanda pelo outro.
Bens Inferiores
Bens inferiores são
bens cuja demanda diminui quando o nível de renda do consumidor aumenta e
aumenta quando o consumidor fica mais pobre. Se o bem x for um bem inferior, o
aumento de renda dos consumidores reduz a sua demanda, a curva desloca-se para
a esquerda e o preço e a quantidade de equilíbrio diminuem.
Bens Industriais
Classificam-se
segundo o modo como participam do processo de produção e de seu custo relativo.
- MATERIAIS E PEÇAS – matérias-primas
(produtos agropecuários e produtos naturais) e materiais e peças
manufaturados (materiais componentes e peças componentes) ;
- BENS DE CAPITAL – 2 grupos: instalações
e equipamentos;
- SUPRIMEIROS E SERVIÇOS EMPRESARIAIS – curta duração: suprimentos operacionais e de manutenção e reparos
Fatores de produção
Em economia, fatores de produção são os elementos básicos utilizados
na produção de bens e serviços, conforme definiu a Escola Clássica dos
economistas dos séculos XVIII e XIX.
Tradicionalmente, desde Say, são considerados como fatores de produção a
terra (terras cultiváveis, florestas, minas), o homem (trabalho), e o capital
(máquinas, equipamentos, instalações).
A primeira escola científica da economia, representada pelos fisiocratas,
elegeu a Terra como o único recurso responsável pela geração de riquezas. Adam
Smith e seus seguidores se inspiraram nesses estudos mas buscaram aperfeiçoá-lo
e preferiram partir de um conjunto de três recursos fundamentais:
- Terra – indica não só as
terras cultiváveis e urbanas, mas também os recursos naturais.
- Trabalho – refere-se às
faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no
processo produtivo.
- Capital – compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos.
Alternativas de Aquisição
(1) Adquirir o bem com seus recursos
próprios a vista;
(2) comprar de forma financiada;
(3) alugar a máquina;
(4) realizar o Leasing ou arrendamento
mercantil.
2 - Bens
de Consumo
Bens que têm por
fim serem consumidos e que não geram outros bens. São bens tais como alimentos
e roupas produzidos para indivíduos ou famílias.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE CONSUMO
- BENS
DE CONVENIÊNCIA – são produtos comprados com frequência e pouco
esforço, pois não são produtos de alto envolvimento;
- Suas
características são:
i. Durabilidade:
normalmente bens não duráveis.
ii. Preço baixo: em
geral são mais baixos seus preços, do que os bens de consumo duráveis e que os
demais bens de consumo.
iii. Pequena margem
bruta ou líquida por unidade de produto.
iv. Apresentam alto
coeficiente de rotação, isto é, uma alta frequência (e imediata) de reposição
no ponto de venda.
v. O consumidor é
conhecedor das suas qualidades e usos
vi. São facilmente
substituíveis: o que não implica em grande fidelidade a uma determinada Marca.
vii. Normalmente a
propaganda deve se dirigir ao consumidor final.
viii. Conveniência:
análise da conveniência do comprador, que pode ser, por exemplo: proximidade à
moradia do comprador local de fácil acesso e transporte, ou proximidade de
lugares, onde se vai frequentemente.
- BENS
DE COMPRA COMPARADA – são produtos que demandam reflexão
da parte do consumidor, pois são comprados com menos frequência e exigem
muita deliberação sobre suas características, como adequação qualidade,
preço, estilo etc.;
Esta
classificação envolve os bens de consumo duráveis e não duráveis (ex.:
automóveis, roupas, eletrodoméstico, utensílios domésticos, etc...).
- Suas
características são:
i. Durabilidade : em
que o comprador imputa critérios do ciclo de vida maior ou menor, conforme os
usos e serviços prestados pelo produto.
ii. Preços em geral
mais elevados que os bens de conveniências
iii. Margem (líquida ou
bruta) maior que os bens de conveniência.
iv. Rotação menor que
os bens de conveniência, nos pontos de venda. A maior durabilidade e preços
mais altos diminuem a freqüência de compra.
v. A substituição por
outras Marcas difícil. O prestígio da Marca, adquire importância, e criando,
pois, uma fidelidade maior à marca.
vi. Em geral as
despesas necessárias à propaganda são maiores que as despesas com os bens de consumo
de conveniência.
- Por
levar em consideração aspectos de qualidade desejo e distinção junto do
consumidor, exigem qualificação e quantificação maior do setor de vendas
(pessoal melhor preparado).
- Por
exigirem melhor atendimento no que concerne a subsídio de garantia e
assistência ao consumidor.
- BENS
DE ESPECIALIDADE – é um produtos com características únicas, o que
o torna especial de alguma maneira. Em geral, possui distribuição limitada
a umas poucas lojas, e suas características levam os consumidores a
fazerem um esforço considerável para sua compra.;
- Características:
i. Marca cu origem
fator de suma importância para o consumidor.
ii. Não são facilmente
substituíveis em termos de satisfação obtida.
Exemplo:
artigos de vestuário – sob medida – vinhos especiais, alimentos dietéticos etc.
Esta
classificação entenda-se, é feita sob a ótica do consumidor (comprador) médio
ou típico o qual, poderá inclusive ser conjugada com a classificação do produto
pelo uso.
Ex.:
bens de consumo de conveniência; bens de consumo duráveis de especialidade.
- BENS
NÃO PROCURADOS – são produtos que ninguém se lembra que podem ser
necessários, até que uma situação específica ocorra, ou então não são
procurados por serem desconhecidos do consumidor, como no caso do
lançamento de uma tecnologia nova.
São
bens que cujo desejo do consumidor, se encontra satisfeito após um determinado
nível de renda.
Ao finalizar o
presente artigo, averiguamos a presença de distintas classificações dos bens, e
mesmo distintas, uma pode associar-se a outra. Um bem pode, portanto, possuir
mais de uma única classificação.
Um cavalo comum
pode ser ao mesmo tempo um bem móvel, corpóreo, fungível, inconsumível,
indivisível e singular. Mas, se este mesmo cavalo é um grande campeão de
corridas, ele já altera sua classificação para infungível.
Pode-se concluir
que os bens são coisas estimáveis financeiramente, que se enquadram em uma
determinada classificação e podem ser objetos de direito. Isto é, podem ser
reclamados.
Fonte:
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
MONTEIRO,
Washington de Barros. Curso de direito civil. V.1: parte geral. 40. ed. Ver. e
atual. Por Ana Cristina de Barros Monteiro França Pinto. São Paulo: Saraiva,
2005.
LEITE, Hélio de Paula. Introdução a
Administração Financeira. São Paulo, Atlas,
1994. 2ª. Edição.
MOTTA, Regis da Rocha, CALÔBA, Guilherme
Marques. Análise de Investimentos – tomada de decisão em projetos
industriais. São Paulo: Atlas, 2002.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. Phb, São
Paulo: 2003.
CHURCHILL, G. PETER, P. Marketing: Criando Valor para os Clientes.
Saraiva, São Paulo: 2000
KOTLER, P. Administração de Marketing: A Edição do Novo Milênio.
Phb, São Paulo: 2000.
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